domingo, 13 de março de 2011

Offline

E cá estou eu, mais do que seis meses se passaram, nem eu esperava voltar um dia aqui, mas se deixei existindo, motivo algum deveria ter.
E fato que as coisas não estão melhores, mas também não estão piores. Elas só passaram por um turbilhão de emoções nos últimos tempos e eu já não sei mais o que pensar. Já não sei mais se quero pensar. Queria desligar o botão do pensamento, entrar num modo offline e fazer tudo automaticamente durante uns tempos, até querer sentir de novo o gostinho de respirar de uma forma delicada alternando com o respirar ansioso da pressa de quem espera alguma coisa e não sabe bem o quê.
Fato é que essa fase de "baixos" tem me deixado confusa e em crise constante, procurando algum motivo pra não dar a louca e fugir daqui, voltar pro ninho porque ele talvez seja mais seguro (será?). Mas ao mesmo tempo tento insanamente me conter, segurar a respiração e pensar que já passei por isso antes, e que depois da tempestade vem a calmaria e eu só preciso de paciência...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

MOVE ON

Acho que quando fico meio bebinha, as percepções do mundo a minha volta mudam. acho não, tenho certeza! hoje não foi só efeito do álcool, meu celular pifou, deu pane e eu caí na real que preciso trocá-lo com uma certa urgência, e me dei conta juntamente com esse fato que eu preciso "move on", é em inglês mesmo pq em português não me veio uma boa tradução. Meu horóscopo, apesar de não levar isso muito a sério, dizia que esse ano eu precisava deixar o passado pra trás. e já no segundo tempo de 2010, antes tarde do que nunca, a ficha caiu! eu PRECISO deixar o passado pra trás!!!! bons tempos? acho que sim, e muito bem aproveitados! mas chegou o momento, dar boas-vindas a tempos novos, sorrir pra novas oportunidades, correr atrás do que é diferente do habitual, fazer diferente do comum, enterrar a poeira que ainda ficou do que foi mal enterrado antes, seja lá a maneira de expôr, a ideia é a mesma: nada de recordar! e ponto final.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eventualmente...

- Alô?! (será emprego? será emprego? será emprego?)
- Oi! A Clarissa, por favor.
- Sou eu. Quem é? (é emprego! é emprego! é emprego!)
- Clarissa, aqui é da Assessoria X. Já liguei pra você hoje?
- Hmmmm, que eu lembre não.
- Você nos enviou currículo. Está trabalhando no momento?
- Não... (gente, quando foi que mandei currículo pra esse lugar?)
- Quantos anos você tem?
- 25. (questionando mentalmente o por quê da pergunta)
- Tem experiência com assessoria?
-Sim, tenho. (afirmando pra si mesma "infelizmente")
- Tem interesse em trabalhar na área?
- Sim, claro! (nem tanto assim, mas vamos ouvir a proposta)
- Tem carro?
- Hmmm não... (pensando que diferença isso faz)
- Então tá bom. Obrigada!
- Mas... (tentando entender, mas já ouvindo o tum tum tum do outro lado). OK. Quem sabe numa próxima... ou não (numa dessas, melhor continuar desempregada).

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

tweeeetter!


e, assim, sem querer, sem grandes pretensões me viciei no Twitter. Não, eu não fico falando o que estou fazendo de cinco em cinco minutos, na verdade nem me dou ao trabalho de atualizar meu perfil (falta de paciência mesmo, nada contra quem faz isso!), apenas vasculho os inúmeros "tuiteros" mundo afora, dos mais famosos aos mais ralés.

Tudo começou de forma despretenciosa quando eu resolvi fazer um twitter só para tentar entender a "modinha" do momento. Larguei lá feito e de repente as pessoas começaram a me seguir (o que é muito louco se pensar que eu nunca tinha escrito nenhuma linhazinha). Até que me vi obrigada a tuitar aqui pelo trabalho, profissionalmente, atualizando informações e novidades da produtora. De repente virei uma tuitadora e fico querendo aumentar o número dos seguidores (da produtora e não os meus) e descobrir alguma maneira de fazer ser útil essa última maravilha (será última mesmo? já devo estar atrasada...) do mundo internético!

E não é que achei bem útil? É bem mais prático navegar a internet através do Twitter e de repente passei a curtir mais essa navegação e a viajar no mundo das inutilidades (ou não) publicadas diariamente. Porque ainda sou muito preconceituosa e normalmente prefiro o velho e bom papel e a boa, apesar de não tão velha assim, televisão!


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Reality sucks!

Porque nem sempre a realidade corresponde às expectativas...

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

GRANDE, mas muito pequeno!

Um pouquinho piegas, mas muito bonito! Acho que tem a ver com meu momento.


Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste
em pregar peças no seu usuário.


Rifa-se um coração que na realidade está um
pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste
de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia
estava certo quando escreveu…
“…não quero dinheiro, eu quero amor sincero,
é isso que eu espero…”.
Um idealista…Um verdadeiro sonhador…


Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a
esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando
relações e emoções verdadeiras.


Rifa-se um coração que insiste em cometer
sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome
de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.


Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos que quase dá
pra engolir as orelhas, mas que
também arranca lágrimas
e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado
por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para
quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem
passar pela vida matando o tempo,
defendendo-se das emoções.


Rifa-se um coração tão inocente
que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer
para São Pedro na hora da prestação de contas:
“O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo,
só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer e,
se recusa a envelhecer”


Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por
outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate
tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.


Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda
não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio,
sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que,
mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra,
constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence
seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a petulância de se aventurar como poeta.


Autoria: Ricardo Labatt

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

nas águas

Ela ficou na dúvida. Tudo aquilo que acontecia lembrava tempos de outrora. E agora? Como reagir? O que pensar?
Sentia-se insegura, alguma coisa dizia que não devia se entregar, não era hora, mas por outro lado, o irracional, queria se jogar com toda força que pudesse reunir.
Mas tanta coisa a mais pra decidir, tantos rumos a serem tomados, definitivamente não era um bom momento de se entregar. E ficou assim, parada, nem uma folha se mexia, nem uma pergunta respondia. Era o momento de se colocar em primeiro lugar, de acertar pendências passadas antes de se jogar em perspectivas futuras. E todo aquele mar, a luz da lua, os fogos de artíficio, o farol lá atrás a fez lembrar da promessa e do que a aguardava.
"E não, você não deve se preocupar" - uma vozinha repetia em sua cabeça. Tenha calma que tudo vai se acertar!